Hoje
pela manhã ao efetuar uma tarefa doméstica, apercebi-me que, da rua, vinha um
som que me era familiar, mas que já não ouvia há imensos anos! Aproximei-me da
varanda para verificar se as minhas suspeitas eram certas e não me enganei. Era
um amola-tesouras, que passando na sua bicicleta, a pé, com a respetiva caixa
de ferramentas, se fazia anunciar com a sua flauta tão característica! O som
era o mesmo de há muitos anos, do século passado!
Lembrei-me dos tempos da minha infância,
na aldeia, em que era usual, praticamente todas as semanas, o amolador passar e
como tinha clientela naquele tempo!
Havia sombrinhas (chapéus de chuva),
sempre para consertar, facas e tesouras para afiar e até peças de barro como
alguidares para serem consertados, assim como algumas peças de louça rachadas,
onde eram colocados os chamados "gatos", que eram tirinhas de metal
que agarravam as partes quebradas e assim essas peças de louça eram reparadas e
recuperadas.
Eram tempos em que a pobreza era imensa e
tudo ou quase tudo era bem preservado.
No inverno o amola-tesouras tinha mais
trabalho, mas lembro-me que mesmo em dias ensolarados ele aparecia e era
costume dizer-se que anunciava chuva! Quem se lembra dos amoladores?
Texto Ailime
07.05.2022
Muito lindo!
ResponderEliminarQue pena não escrever mais sobre as suas memórias, Ailime!
Eu lembro o ti Carlos Guerra, que foi alfaiate, retratista e ao mesmo tempo amolador de tesouras que percorria as aldeias vizinhas a oferecer aos seus serviços, porque era uma profissão muito útil em tempos.
Hoje, por lá, o amolador já só existe em momentos "folclóricos" para recordar artes e ofícios, porque na realidade já não há quem repare um guarda-chuva ou afie uma tesoura!
Um abraço de amizade.
Bom fds.
Foram apenas treze aninhos para reter toda esta informação, mas ainda tenho mais algumas coisas, mas necessito de informações complementares. Bjs e obrigada, Paula.
EliminarQue linda lembrança! Sabes que aqui na rua ainda passa um afiador,que já é a terceira geração deles. Adorei! Lindo dia! beijos, chica
ResponderEliminarQue bela história de vida, amiga Ailime!
ResponderEliminarSe me lembro! Tão bom recordar!
Hoje é raríssimo ver algum, mas não se sabe o que a vida ainda nos reserva...
Beijinhos e tudo de bom!
Que lindo, Ailime! Belas recordações.
ResponderEliminarEsse barulhinho tão característico nos remete ao passado.
Mas aqui na minha rua, em geral, aos sábados, temos um amolador e seu barulhinho...
Muito legal, já é a terceira geração!
beijos, tudo de bom,chica
Uma memória muito linda de se recordar. Lembro bem dessas pessoas que passavam na rua oferecendo seus trabalhos de amolar facas e tesouras. Elas eram aguardadas com grande expectativa, né?! Hoje já não as vejo mais, somente em lojas de consertos.
ResponderEliminarGostei bastante de ler o seu texto neste início de terça-feira, Ailime.
Bjs
Bom dia de toda paz, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarAmo antiguidades e histórias ou costumes que se preservam.
Agora, há amoladores em lojas. Tudo muito frio e comercial.
Não há o valor do contato humano tão profícuo.
Continue a partilhar suas belas histórias que eu amo ler.
Tenha dias abençoados de paz!
Beijinhos carinhosos e fraternos
😘🕊️💙
Oi Ailime. É tão bom viver e recordar coisas de nossa infância. O que eu lembro mais que passava na rua era concertador de panelas. Ele levava a panela velha pra botar cabo. Demorava tanto trazer de volta que pensávamos que não vinha mais. Rsrsrs. Bjs querida. Recordar sempre bom
ResponderEliminarQue lembrança linda! Também me lembro dele pelas ruas, aqui na minha cidade. Até hoje ainda passa algum, mas muito raramente! E tinha um barulhinho característico que o anunciava! Bela recordação!
ResponderEliminarGrande abraço e ótimo junho!
É mesmo, Ailime. De vez em quando passa por aqui o amola-tesouras,
ResponderEliminarmas já não se ouve tanto. Com o tempo esses sons vão desaparecendo. Agora compra-se tudo mesmo que não preste para nada.
Revi-me neste seu texto minha amiga.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
memórias que ficam.
ResponderEliminarprofissões que o tempo levou.
boa semana.
beijinhos
:)
Oficios del pasado, en mi ciudad se le llamaba afilador, ese se dedicaba exclusivamente a afilar (amolar) tijeras y cuchillos, tambien pasaba voceando el latero y este a cualquier lata que llevaras, le ponia asas y servian de tazas para beber
ResponderEliminarcosas de ayer....
abrazos
Oi Ailime, lembro desse tempo. E que falta faz um ampliador de tesouras. Hoje é difícil de encontrar. Estou precisando de um neste momento. Bjs querida
ResponderEliminarTambém ainda me recordo dos amola-tesouras, mas apenas nos idos longínquos de outros tempos.
ResponderEliminarFeliz evocação e testemunho.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Cheguei a cruzar_me com alguns!!!bj
ResponderEliminarYo los recuerdo, todavía por la ciudad de Madrid. "El afilador, se afilan cuchillos, navajas, tijeras... y así pasaben las mañanas. Es curioso no recuerdo haberlos visto por las tardes, debía ser un trabajo agotador. Siempre ma paraba a contemplarles porque me encantaba ver las chispas que saltaban en la rueda del afilador. Eran tiempos en que nadie tiraba nada a la basura, todo se arreglaba. Un abrazo.
ResponderEliminarQue belas memórias Ailime! Recordo-me bem da minha mãe mandar consertar uma sombrinha que eu adorava, tinha-me sido oferecida por uma tia, era lindaaa.
ResponderEliminarAbracinhos
Lembro-me muitas vezes, cara Ailime.
ResponderEliminarCostumava passar um amola-tesrouras aqui na minha rua,
mas há já algum tempo que não o oiço. E faz-me falta. Ele
representava aquilo que bem diz no seu texto, eram tempos em
que tudo se preservava. Agora tudo vai para o lixo à mais
pequena avaria. E isso vamos pagá-lo caro, quando o nosso
Planeta já não tiver capacidade para assimilar tantos detritos.
Bom fim de semana, amiga.
Beijinhos
Olinda
Posso dizer que foi uma realidade que não conheci! Mas gostei muito de ficar a saber dessa curiosidade, como é bom relembrar velhos tempos, não é mesmo? 😊
ResponderEliminarCumprimentos,
Cantinho dos Poemas de Criança 👦.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAdorei ler estas recordações, até porque vivi momentos semelhantes.
ResponderEliminarBem me lembro do amolador, o som do instrumento e a colocação de sua voz: "Quem tem facas ou tesouras para afiar". No entanto arranjavam também as varetas dos chapéus de chuva e muito mais.
Recordo com saudade para além dos amoladores, o sujeito que passava na minha rua e arranjava os furos pelo desgaste das panelas de alumínio e tantas outras profissões como o "Petroleiro" que parecia uma drogaria ambulante, o "Leiteiro", o homem dos gelados, assim como o homem vendia a "língua da sogra".
Enfim, este texto fez-me regressar a bons tempos, que apesar de serem anos de grandes dificuldades para a maioria das pessoas, também eram tempos de maior e melhor comunicação e também tudo era mais singelo.
Um kandando
Passando aqui de novo para te desejar um bom final de semana. Bjsss querida. NalPontes
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