Eu também tenho uma aldeia, uma aldeia situada à beira-Tejo, onde nasci no inicio da década
de 50!
Vivi lá apenas durante treze anos e fui arrancada às minhas queridas
origens de forma abrupta, o que me deixou deveras triste, revoltada, não tendo
palavras para explicar o que senti. Foi um desgosto enorme que ainda hoje ecoa
no meu coração.
Durante bastantes anos não me foram permitidos contactos com
quem lá deixei e tanto amava – os meus avós e os meus amigos de infância.
Foi tudo para meu bem e de minhas irmãs, como me foi dito na
altura, porque os colégios eram muito caros e em Lisboa havia Escolas e Liceus onde
os estudos ficavam mais baratos.
Assim se iniciou a
minha vida nos arredores de Lisboa, onde ainda vivo. São já muitos anos
passados, mas lembrei-me de criar este espaço para de vez em quando falar de
hábitos e memórias que tenho daquele tempo de que tenho tantas saudades.
Não sei quando vou voltar a escrever. Talvez quando o meu coração ditar.